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Sobre o livro
Infelizmente não encontrei um resumo do livro.
Este espaço tem por finalidade indicar livros, despertando interesse e curiosidade em leitores e futuros leitores. Indicar links de Bibliotecas públicas, sites de downloads gratuitos, campanhas de incentivo a leitura, enfim, mostrar a importância e prazer de ter um livro entre as mãos.
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Em postagem anterior foi indicado o livro "O mundo de Sofia" de autoria de Jostein Gaarder para saber um pouco mais sobre este autor clique sobre o nome.
Sobre o livro
O livro conta como dois primos adolescentes vão descobrindo a capacidade que as histórias têm de nos transportar a lugares aonde só a nossa imaginação pode nos levar. Depois de passarem as férias juntos, eles decidem se comunicar por meio de um livro de confidências e, então, embarcam em uma aventura cheia de mistérios que envolve lugares e personagens surpreendentes. A misteriosa Bibbi Bokken guarda um segredo que eles não se cansam de investigar, nem mesmo tendo de passar por situações de arrepiar os cabelos. Os dois estão decididos a descobrir como é e o que guarda A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken. Embarque você também nessa aventura!
O livreto não pode ser chamado de romance, seja porque é de fato um livreto, com suas 128 páginas impressas com um corpo de letra bem grande, seja porque possui, se tanto, três personagens. É o narrador (um homem sem nome ou sobrenome), uma cafetina gorda e velha e uma menina jovem e virgem. É uma novela, boa novela. Rosa Cabarcas é a prostituta-mor que tem a missão de conseguir uma adolescente pura com quem o antigo-jornalista-aposentado-e-antiquado possa comemorar os seus 90 anos de vida numa noite de esbórnia. Narrado em primeira pessoa, e muito bem escrito, com a maestria técnica a que só um escritor do gabarito e do talento de Gárcia Márquez consegue chegar, o personagem por vezes não consegue convencer aquele para quem fala de que é, sim, um senhor de 90 anos. A impressão que se tem é que o homem pode ter 30, 49 ou 65 anos. Quando ele diz que vive “numa casa colonial na calçada de sol do parque de San Nicolkás, onde passei todos os dias da minha vida sem mulher nem fortuna...”, está bem, parece um ancião relembrando dias longínquos. Talvez falte ali uma dor, uma rabugice, uma dificuldade qualquer, algo mais característico da idade avançada, física ou psicologicamente. Nem resmungão, nem doente, nem casmurro, nem nada. É alguém falando, e poderia ser o próprio leitor a contar sua história, independente de quantos carnavais já pulara. Trechos como “E me acostumei a despertar cada dia com uma dor diferente que ia mudando de lugar e forma, à medida que passavam os anos. Às vezes parecia ser uma garrotada da morte e no dia seguinte se esfumava” repõem as coisas no lugar. Mas são bem raros. Por ser uma obra de curto fôlego e por ser muito bem escrita, lê-se Memórias de Minhas Putas Tristes de uma sentada, em uma ou duas horas. É recompensador, ao fim do livro, perceber que o narrador vai ficando cada vez mais leve ao sentir que não vai morrer ao entrar no seu 91º ano de vida e que está disposto a viver com plenitude e sabor os seus cem anos de solidão.